As Cavernas Profanas formam um emaranhado labiríntico de túneis subterrâneos que se estendem imensamente sob a fortaleza, um reino de escuridão absoluta onde o tempo parece perder o seu significado. Estas cavernas não são simples passagens, mas sim locais macabros e cheios de uma energia sinistra, repletos de relíquias e vestígios de rituais arcanos. Suas paredes, manchadas pelo sangue de incontáveis vítimas, sussurram histórias de horrores antigos e práticas proibidas. Cada pedra, cada cratera nas rochas, carrega a lembrança de uma era em que o medo e a dor eram os mestres de quem ousava cruzar o limiar desse lugar amaldiçoado.
Dentro deste labirinto de sombras e mistério, as cavernas servem como salões de treinamento para os mais implacáveis assassinos e cultistas. Os iniciados, aqueles que buscam se tornar verdadeiros mestres da escuridão, enfrentam provações brutais e testam seus limites mais profundos. Esses testes, frequentemente mais cruéis do que qualquer desafio imposto pelo mundo exterior, forjam os indivíduos em máquinas de destruição e seguidores de cultos obscuros. O ar aqui é denso, carregado de uma pressão quase física, como se o próprio espaço respirasse com a energia das forças que se movem nas profundezas. O silêncio é absoluto, e a única coisa que se escuta são os sussurros das vozes distantes, gritos abafados de almas perdidas e os ecos do sofrimento que permeiam as cavernas.
No centro das Cavernas Profanas, um altar negro se ergue, pulsando com uma energia sombria que parece vir de um mundo além da compreensão. Este altar, macabro e poderoso, é o coração das práticas proibidas realizadas nas profundezas. Feitiçarias e rituais de sangue são realizados aqui, alimentando o altar com o poder necessário para manter o equilíbrio entre o mundo físico e o espiritual. Os cultistas, com suas roupas negras e olhos opacos, entregam-se a esses rituais na busca por poder, ignorando os sacrifícios que exigem. Os murmúrios que emanam das profundezas dessa caverna são os cantos de feitiços ancestrais, invocações e promessas de poder em troca de almas e vidas. Muitos acreditam que a energia liberada por esses rituais não é apenas sombria, mas capaz de distorcer a realidade, moldando o próprio destino daqueles que se aventuram a invocá-la.
Alguns sussurram, na penumbra das cavernas, que entidades antigas e esquecidas, seres que estiveram adormecidos por milênios, ainda espreitam nas profundezas escuras. Essas entidades, que podem ter sido tão poderosas quanto os deuses, aguardam o momento certo para emergir e retornar ao mundo, trazendo consigo uma onda de destruição e caos inimagináveis. É dito que elas se alimentam da corrupção do lugar, que suas mentes insanas e insaciáveis sentem o desejo de reconquistar o domínio sobre os vivos. Os murmúrios das cavernas falam de um retorno iminente, mas ninguém sabe ao certo quando essas criaturas despertarão, ou se alguém será capaz de impedi-las quando o fizerem. O ar nas profundezas é pesado com essa ameaça iminente, tornando o ambiente ainda mais opressor, como se o próprio chão estivesse prestes a se abrir e engolir aqueles que se atrevem a descer mais fundo.
As Cavernas Profanas não são apenas um local de treinamento ou um cenário de rituais; são uma parte viva da fortaleza, um reflexo de seu coração corrompido e esquecido. Qualquer um que se aventure neste abismo de sombras e mistério deve estar preparado para enfrentar não só as forças físicas, mas também as espirituais. Aqui, os limites da razão e da loucura se confundem, e a verdadeira face do medo só é revelada àqueles dispostos a pagar o preço mais alto por poder. Para os que se perdem nas cavernas, o retorno à luz é quase impossível.