As Ruínas dos Pesadelos são um lugar onde o tempo parece ter parado, mas a memória das horríveis criaturas que ali foram seladas nunca desapareceu. Este local, agora desolado e sombrio, é um cemitério de lendas, onde as feras mais temidas do passado foram aprisionadas em pedras que, com o passar dos séculos, se tornaram quase indistinguíveis das próprias ruínas. O que antes era uma prisão impenetrável, agora se revela um campo de ruínas quebradas, onde enormes estátuas de monstros petrificados se erguem das profundezas do solo. Seus rostos deformados, seus corpos dilacerados, estão permanentemente congelados em expressões de raiva e dor. Seus olhos, agora vazios e sem vida, ainda parecem carregar o peso de sua fúria, como se pudessem, a qualquer momento, retomar o movimento e continuar o terror que uma vez espalharam.
O silêncio que emana das ruínas é opressor, mas é um silêncio enganoso, porque, muitas vezes, não se está completamente só. O vento que sopra entre as pedras carrega murmúrios quase imperceptíveis, sussurros abafados de um tempo esquecido, como se os próprios mortos, os monstros aprisionados, ainda estivessem em busca de vingança. Às vezes, sombras rápidas e furtivas se movem entre as estátuas quebradas, desafiando qualquer explicação lógica. São como lembranças que não podem ser apagadas, como vestígios de horrores que não podem ser esquecidos.
As lendas locais falam de momentos em que as ruínas parecem acordar de seu sono eterno. Em algumas noites, quando a lua cheia ilumina as pedras antigas, os monumentos petrificados começam a emitir um brilho fraco e sinistro, como se os monstros aprisionados nas pedras estivessem à beira de despertar. As estátuas tremem ligeiramente, como se estivessem se preparando para retomar a forma que uma vez tiveram, e um ar pesado e gelado toma conta da região, tornando a respiração difícil e o coração acelerado. Alguns acreditam que, quando isso acontece, é apenas uma questão de tempo até que os monstros das ruínas queiram se vingar daqueles que os mantiveram presos por tanto tempo. Outros afirmam que, em momentos mais raros, as criaturas já não precisam mais de corpos, e sua essência vaga livremente entre as pedras, sedenta por destruição.
Mas, independentemente de quanto tempo passe, as Ruínas dos Pesadelos nunca estarão quietas. Elas são um lugar onde o medo e a lembrança se entrelaçam, onde os ecos de um passado sombrio ainda reverberam pelas pedras e onde o poder das criaturas que ali foram seladas nunca se apaga completamente. Para quem ousar entrar nas ruínas, um aviso sempre será dado, seja pelas sombras que se movem, pelos murmúrios que cortam o vento ou pelas próprias pedras, que ainda guardam o poder e o ódio das feras que ali permanecem.